Meu amiguinho imaginário
Antes de dormir eu brinco com meu amiguinho. Não me lembro muito bem de quando foi a primeira vez que ele me apareceu. Eu era bem pequenininha, mas nós nos demos muito bem e, desde então, ele está sempre comigo.
Não sei o seu nome, por isso cada dia eu o chamo por um nome diferente. Mamãe disse que ele só existe na minha imaginação, que fui eu que o inventei. E acho que isso é verdade, porque o meu amiguinho pode ser o que eu quiser.
Todas as vezes que me sinto sozinha, sem ninguém para brincar, meu amiguinho chega e me faz companhia. Ele vem de dentro da minha imaginação e diz tudo o que eu preciso ouvir. Aceita todas as brincadeiras que quero fazer, permanece comigo e, às vezes, não sei se eu sou o meu amiguinho ou se o meu amiguinho sou eu. Divido-me em duas partes porque minha imaginação não acaba em mim, ela continua além dos meus dedinhos, braços, pernas, olhos, boca. A minha imaginação ganha forma e eu posso criar companheiros que estão muito além de mim.
Nem sempre eu os entendo. Mamãe disse que é porque ainda sou muito nova, mas consigo guardar tudo o que vejo e ouço num cantinho da minha mente. Mesmo que eu não entenda o mundo ao meu redor, faço parte dele e minha imaginação cria explicações para tudo. Meu amiguinho imaginário me ajuda a entender cada vez mais os mistérios da vida. Brincando com ele, eu me sinto parte de um mundo feito por mim e para mim.
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